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Ediyporn

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69 ANTICOLONIAL

Monstruosas e EdiyPorn se juntam num troca-troca de questionamentos que deixa qualquer garganta mais profunda.

Foto da capa: Performance Só vai quem curte do Box Preparação na Feira Autônoma Sexodissidente, realizada dentro do Ato de Publicação do Testo Junkie e Notas E-videntes organizada pela Distro Dysca, Monstruosas e N-1 Edições.

 

A EdiyPorn entrevistou Timboiá Igbalé colaboradora do selo Monstruosas, da iniciativa antiespecista Dhuzati e da Distro Dysca, plataforma de agitação política; você recebe esse chacoalhão de leitura dando scroll pra baixo. E puta como somos, a EdiyPorn entrou na promiscuidade do troca troca nb e deu beem gostoso (uma entrevista) para a Monstruosas (qué fuegas!), e você confere no blog dessas absurdas.

Não é novidade que pra resistir ao cistema nós dissidentes precisamos nos inventar e criar outras vivências que possibilitem nossa existência. Esse é o ponto de partida das criações de contra-informação realizadas pela Monstruosas, “selo de agitação politica antihumanista e sexodissidente” que produz zines, adesivos, publicações impressas e digitais distribuídas pela produtora Distro Dysca que conta com uma rede de articulações extensa no Brasil e Latinoamerica. Sudakas sexodissidentes pirateando os mecanismos coloniais por uma subjetividade monstra e autônoma.

Timboiá, vende o corpo, comida, zines e outras cositas como ambulante e também é fazedora de outras possibilidades. Vegana desde 2017 quando entra na Dhuzati, coletiva que propaga uma culinária anticolonial, fomentando a discussão sobre antiespecismo e antihumanismo. Já ouviram falar em veganismo canibal? Vem sacar a potência do deboche anticolonial que pesa na mente dos higienistas:

Zines do selo Monstruosas, Sapatoons, QueenLud, entre outros distribuídos pela Distro Dysca.

 

EP – Você faz parte de algumas coletivas como a Monstruosas, a Distro Dysca e Dhuzati. Como esses agrupamentos se cruzam? E como é o trabalho que vocês desenvolvem para repensar e modificar os paradigmas do mundo?

M – Tudo está muito conectado e com a política não é diferente, acredito que os cruzamentos dessas iniciativas se dão a partir da radicalidade, que de certa forma, vem sendo um parâmetro para resistir à assimilação e garantir a autonomia, sem que para isso se transforme em religião ou em dogmas. Por mais que eu integre as três cada uma tem uma direção específica e distinta para lidar com a propagação de contra-informação e de fazeres antisisistêmicos, porém acho que nenhuma delas pretende modificar os paradigmas do mundo, por mais que eu particularmente seja meio exagerada e megalomaníaca, acho que a ambição é mais local e a partir de uma rede de afetos. Os feitos diz muito mais respeito a construção de possibilidades insubordinadas à hegemonia hoje aqui e agora, não para ser modelo, referência ou norma, mas sim para construir as políticas da própria vida, algo que é fundamental. Acho que este é o principal ponto que une as três iniciativas, sendo a Distro Dysca uma espécie de produtora que agrega e conspira não só com a Monstruosas e Dhuzati, mas com vários outras articulações do Brasil e da América Latina.

EP – É muito potente a gente criar uma linguagem que contemple a nossa vivência, e que não reforce as hegemonias da ficção heterocisbranca. Quando você se coloca como uma pessoa Translesbixa, você traz a problemática da categorização identitária em relação à potência da monstruosidade. Você poderia escrever um pouco sobre esse processo de se inventar a partir de referências dissidentes, construindo uma corporalidade não-humana?

M – O termo translésbicha, foi cunhado no início da década de 2010 e tem referência nas interações da movida “sexodissidente” de pegada anarquista na América Latina, acho que nunca foi usado por esta rede como identidade, tipo “sou uma pessoa translésbicha” – até porque o própria movida trazia uma tensão radical em torno das identidades – mas sim como prática refletindo criticamente o quanto a população lgbt se deixa limitar pelas categorizações cishetero, por mais que haja um hackeamento e uma pirataria necessária operando paralelamente nestas relações. Acho importante as pessoas começarem a refletir como a gente pode dar sentido a nossas experiências usando olhares e lentes que são condenados pelas elites hegemônicas, sejam elas da raça, da classe, do gênero ou da sexualidade, essa coisa da heterossexualidade ou homossexualidade, por exemplo, além de recente na história da humanidade, não faz sentido em culturas não brancas. Algumes manes indígenas fizeram o resgate do termo Tibira que se referia a índividuos ou talvez a prática de homens que praticam relação sexoafetiva entre si, o problemático é que a gente só sabe disso pq foi condenado pela inquisição e o registro é referente ao processo dessa violência. No mais, eu creio que a partir do momento que a gente começa questionar tudo que circula nossa existência e perceber as políticas de opressão imersas nela, a gente tem que fazer um esforço pra renomear tudo, inclusive o próprio nome, sobretudo as pessoas negras e índigenas, este é um esforço simbólico muito importante de retomada dos eixos de nossa ancestralidade e de negação desta imposição escrota que tentou destruir nossas referências.

Coletivo Ocupira brincando de argola no dildo na Feira Autônoma Sexodissidente realizada dentro do Ato de Publicação do Testo Jukie e Notas E-videntes organizada pela Distro Dysca, Monstruosas e N-1 Edições.

 

EP – Há algum tempo, para partes do movimentos LGBTQI+ foi importante separar identidade de gênero de sexualidade. Podemos tomar os movimentos T e pós-pornô como disruptivos dessas supostas fronteiras? Como você pensa os cruzamentos entre gênero e sexualidade hoje?

M- Eu acredito que gênero e sexualidade são coisas distintas sem dúvida, temos inclusive referências ancestrais dessa distinção, porém eu costumo usar o termo sexodissidente inclusive para dissidência de gênero, afinal entendo a categoria sexo como um sistema político tratou de naturalizar as expressões de sexualdiade com base nas coporeidades. Pra mim é muito estranho sexo ser sinônimo de genital, isso mostra toda uma complexidade estrutural que une coisas socialmente distintas para o controle dos corpos, desta forma a dissidência sexual que me refiro é a dissidência da categoria sexo enquanto sistema político regulador da vivência sociocultural da supremacia branca.

Me questiono do porque é importante definir as pessoas com referência em quem elas amam ou trepam? Porque o gênero define como devemos compartilhar nossos afetos? Quando pessoas trans se reivindicam heterossexuais, isso além de uma prova que essas coisas são distintas, também implode o próprio sentido destas categorizações. Porém, entendendo que o cistema sempre se sofistica e é muito hábil em assimilar o que o deixa em posição de desconforto, sou insegura sobre o quanto vale pena reivindicar heterossexualidade, homossexualidade ou ainda bissexualidade, uma vez que o próprio movimento T tratou de denunciar e revelar que estas são tecnologias cis e só fazem sentido em contexto cis, afinal nossos corpos trans não foram considerados quando resolveram definir este juízo, se somos o erro da norma, ela não deve existir para nossa comunidade. O principal perigo é esta direção acabar atuando como efeito que aprimora a heterossexualidade enquanto regime político e o binarismo de gênero como marco disciplinador que cria uma nova margem, as pessoas não binárias por exemplo. Eu creio que devemos rever urgentemente o uso destes termos e dar sentido a nossas existências a partir das nossas criações e conceituações, piratear os dispositivos do colonizador implica na responsabilidade de criar novos dispositivos para que não dependamos do que não criamos, isso é autonomia.

EP – No blog da Monstruosas vocês falam da revolta como potência para resistir à captura de subjetividades pelo capital e se colocam como agitadores de uma política sexodissidente, cujo lema seria: dissidência sexual, políticas nômade e anti-humanismo. Como esses posicionamentos somados ao anti-especismo se tornam estratégia de resistência às lógicas da branquitude heterociscentrada?

M – A docialidade e o amor romântico é um neutralizador da revolta, o ódio quando ele é canalizado e politizado constrói uma base de insurgência que não se deixa se seduzir pelas investidas da colonialidade. Uma pessoa negra, indígena, mulher ou dissidente sexual só será valorizada e conquistará algum espaço neste mundo, se mostrar submissão e obediência ao sistema que lhe oprime, já que as normas que estão postas não podem funcionar diante da tensão e da instabilidade, daí os esquemas sucessivos de violência para coagir e adestrar. Porém se a violência é o que está reservado, ou seja, se será inevitável sofrer violência, seja por insubordinação ou por obediência é mais digno que seja pela revolta. Se apropriar da violência como estratégia nos coloca diretamente numa posição de não fragilidade, se tivéssemos mais capacidade de autodefesa certamente não seríamos tão atacades.

Por sua vez o antiespecismo é algo fundamental na luta por emancipação, não tem como a gente construir novos horizontes sem questionar a relação hierárquica humano x animal x monstro universalizada pela supremacia branca, onde a monstruosidade representa o risco máximo a ideia da humanidade, ela tem aspecto estético e comportamental reprovável. Se a monstruosidade ameaça tanto a humanidade ela guarda alguma potência. Se a supremacia branca animalizou a dissidência sexual, os povos indígenas e a população negra é porque ela objetiva controlar estes corpos para serem engrenagem de sua maquinaria. Quando a branquitude transforma a insurgência destas pessoas ou individues com enfermidades ou patologias em monstruosidade ela deseja aniquilar e exterminar propagando e educando que este modelo não cabe no mundo que ela projetou, então para mim está claro o esquema de dominação e os cruzamentos lógicos que constrói a norma vigente. O que a branquitude fez com biches, indies e negres é sem precedentes, parte desta relação dela se pôr como única representante legítima da humanidade porque este é um valor que prova sua não-monstruosidade e retira sua condição de animalidade!

Resgatar nossa condição de animalidade e nossa selvageria numa aliança monstruosa, nos ensina a lidar com o estranho, o diferente e com o outro cagando em cima de uma moral que subjuga, inferioriza e domina o que não é seu espelho, lambendo o cu depois, além de nos tornar muito mais perigosas que já somos. O retorno do humano para sua condição animal é o fim do mundo deles, é nessa direção que eu insisto em apostar.

Performance Só vai quem curte do Box Preparação na Feira Autônoma Sexodissidente, realizada dentro do Ato de Publicação do Testo Junkie e Notas E-videntes organizada pela Distro Dysca, Monstruosas e N-1 Edições.

 

EP – Nossa estrutura sociocultural é fundamentalmente racista, a colonização branca e cristã afogou e invisibiliza até hoje culturas e ancestralidades pretas e indígenas. Estamos passando por esse momento de pandemia e colapso social que expôs o fascismo do atual governo brasileiro e fomentou massivamente as discussões sobre racismo e genocídio em todo o mundo. Como você tem visto e sentido o momento atual?

M – É interessante porque nessa onda aí todo mundo virou antifascista, agronegócio antifascista, policiais antifascistas, cristãos antifascistas, tem até racista antifascista, e essa banalização trouxe o resgate da conceituação e da história do antifascismo enquanto prática política. Stalin ser combatedor do nazi/fascismo pra mim é uma piada, pq as diferenças do tipo de política que executava são irrelevantes diante das semelhanças. Pra mim o Fascismo é um esquema institucional de eliminação da diferença, criminalização dos questionamentos políticos, regulado pelo direito, fundamentado numa moralidade economicista, que provoca mazelas sociais e confina uma população à morte, então pra mim desalojo, criminalização do trabalho ambulante, ações de “pacificação” das favelas, destruição de tekoas (territórios sagrados indígenas) e higienismo são práticas fascistas e não existe nenhum governo na história recente deste cemitério de índies, negres e biches chamado Bra$il que não seja promovedores destas ações enquanto políticas públicas. Eu quero saber se os cristãos antifascistas estão passando a conta da inquisição e da escravidão dos povos indígenas, do povo negro e do etnocídio pro Papa Francisco ou pra Edir Macedo, porque todo poder e riqueza que eles têm tá construído no sangue que rolou aí pelos oceanos e rios. Eu tenho muita curiosidade pra saber se os policiais antifascistas estão articulando a cova da familícia e dos parças genocídas chupeta de milico deles, pq a quantidade de corpo que eles arribaram não é brincadeira. Aí vem o careca de toga que absolve Bolsonaro quando ele desrespeita e humilha quilombolas, mas quando o coro da militância acéfala bozolóide vai contra o supremo é um absurdo e põe aquela reca de brancos supremacistas na cadeia? Tipo quando não é no meu quintal é crime, ah para né?

A galera só dá bola pro fascismo pq os brancos e a burgalhada agora são os alvos. Deram pros judeus a terra prometida deles por conta das barbaridades do nazismo, mas e cadê a terra pro povo preto, que passou por atrocidades muito piores por quase 400 anos, construir sua sociedade? humm não tem né? Cadê as tekoas sendo demarcadas pros povos que foram expulsos das suas terras e assassinados só pros brancos fazer monocultura? hummm também não tem né? Fica difícil agregar neste coro antifascista aí quando o racismo não é nem se quer pautado, quanto mais levado a sério, ou quando só grita antifascismo porque não tá sobrando caldo pro meu pirão, isso não é antifacismo é escrotice, pra mim vai tudo pra mesma vala. O racismo necessita de práticas fascistas para operar e o fascismo tem no racismo sua episteme, a diferença entre eles é que um se revelou como uma forma de governo e o outro é um sistema político.

EP – Você, como vendedora ambulante, manda uns textões no improviso que são melhores do que qualquer aula acadêmica. Tem também os posts de venda no instagram da Dhuzati, como o de 12.jun, “dia do orgulho heterocapitalista”, que resumia em um parágrafo uma complexa crítica sócio-cultural baseada na filosofia política do movimento vegano que fomenta muito a reflexão sobre as relações de poder. Como se cruza o discurso subversivo, a venda de um produto e o veganismo canibal?

M – O veganismo canibal ainda está no campo da criação, a gente usa ele como deboche, por exemplo, vendendo torta com sangue de bolsonaro e quando as pessoas estranham eu trago o exemplo de como o sofrimento dos bichos é ressignificado para rituais de celebração e fartura e como os tupinambás adoravam comer seus inimigos, desta forma esquartejar e cozinhar os bolsonaros pode ser uma incrível experiência culinária antiracista e descolonial, no final a torta acaba sendo vendida porque as pessoas ficam meio impressionadas com a relação e o aroma também ajuda a seduzir e confundir os sentidos, trazendo uma experiência de impacto única. Óbvio que nem sempre é bem aceito, também rola muita tensão, reprovação, hostilidade e treta, mas o objetivo principal é esta provocação mesmo, como sou autônoma, a comida da coletiva tem uma excelente avaliação nas ruas e já é conhecida por isso, eu não preciso ficar passando pano pra branco e playboy, poupando eles de esfregar suas próprias escrotices na cara, então tenho a liberdade de vender do jeito que eu quero e esta autonomia não tem preço. Como a alimentação industrial ajudou a consolidar o capitalismo, é sempre importante a gente estar fazendo links e associações que reverbere a política que estamos empenhadas a difundir. Na real, particularmente, as hostilidades nunca me assustaram e eu prefiro que nossos clientes nos vejam como iniciativa política do que como empresa ou empreendimento, esse veganismo bonitinho e fofinho não é com a gente. Nossa proposta é peso na mente, para que as pessoas saiam do seu local de conforto, sem atuar como polícia e sem se apresentar como pureza e a verdade absoluta, aliás de pura não temos absolutamente nada, somos um poço de terror, sujo e bizarro pra branquitude e adoramos isso!! A gente pode não estar na boca dos influencers veganos posers (e se um dia chegarmos neste lugar é um indicativo que tá tudo errado) mas do nosso modo vamos contaminando cada vez mais corpos com este vírus do deboche anticolonial.

Torta de falafel com sangue dos Bolsonaro.

 

EP – A Monstruosas realiza de tempos em tempos a MoNSTraSH (mostra nômade sobre transgeneridade e sexualidades hediondas), que são eventos onde rola debates interseccionais, projeção de filmes, performances, vendas de zines e música. A pós-pornografia fala muito sobre a importância de descolonizar nosso imaginário sexual. Ao seu ver, quais seriam as principais estratégias para emancipar e recriar esse imaginário?

M – Acho que primeiramente é importante difundir, sobretudo aos que estão iniciando a prática sexual, como o sexo tem potência viciante e tá cheio de tabu, quando você já sabe do que gosta e como chegar no orgasmo, você acaba fechando as portas para outras possibilidades e o desafio de desalienar é bem maior, acho que as experimentações que a pós-pornografia trás é muito interessante pq expande as possibilidades da gente registrar e materializar uma relação não cisheterocentrada com sexo e para além dele também, isso é fundamental. Mas eu acho que um próximo passo é fazer mais eventos de putaria dissidente de forma mais concreta, trazendo uma orgia antisistêmica, um gang bang terrorista e não como um momento ou uma atração, mas sim como parte de estar ali, talvez a edyh possa fazer uns eventos de lançamento de filmes nessa pegada, daí vai estimulando e contaminando pra pulverizar por vários cantos e lados.

EP – Como você vê a pós-pornografia em relação à pornografia? Outro pornô é possível?

M – Acho que existe um consenso que esta pornografia convencional que está aí é uma bosta, escrota e extremamente abusiva, mas se a gente parte da premissa que o pornô adestra nossos desejos, reelabora os gêneros e serve hoje como principal referência da prática sexual e está completamente dominado por homens cishetero brancos é óbvio concluir que ele se transformou em uma ferramenta pedagógica. Desta forma, como vamos poder mostrar, evidenciar e explicitar outras práticas e narrativas sobre o sexo? Eu tenho vontade de estimular um sincero debate com pessoas que querem abolir a pornografia enquanto ferramenta, sobre como elas acham que tem que lidar com o sexo, só entre quatro paredes? Só apenas em relação íntima? Assunto privado? Filmar ou registrar ato ou experimentações sexuais são abusivas por si só? Será que não existe uma forma não violenta, misógina, homofóbica, lesbofócia e transfóbica de estimular o cu, o pau e a vagina? Será que não dá pra sexualizar a barriga, o braço, o joelho? Será que toda penetração é transformar quem está sendo penetrade em objeto? O argumento de algumas radfems de que o consentimento não existe e de que é abusivo consumir imagens e sexualidade de pessoas é completamente pudico e moralista, parte de um pressuposto de totalidade estanque que além de autoritário, coloca as mulheres como vítimas ideais incapazes de delinear e construir outros enredos sobre suas próprias sexualidades e ainda coloca as que arriscam em experimentar como incompetentes. É uma narrativa sobre dominação que reproduz uma ética de demonização e de pureza que nós pessoas negras e indígenas já conhecemos muito bem, embora a branquitude ainda esteja numa hegemonia ainda quando se fala de póspornô. As radfem argumentam que não existem sexualidades livres no “patriarcado”, acho elas estão esperando ele cair pra começar a pensar como propagar, difundir e materializar sexualidades mais autonomizadas, estrategicamente eu acho isso uma babaquice. A imagem de cus canibais arrombados de travestis, clitóris hormonizados de boycetas e homens trans, sapatões ativas com dildos que provam as bichas que o estereótipo do macho-alfa é completamente dispensável e uma orgia de chupação pode despertar para possibilidades hoje muito mais proveitosas do que essa viagem radicalóide e racista que pretende cavar uma cova para jogar as pessoas trans, as putas e a pornografia dentro.

Cus contra a ciranda acadêmica da paz.
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